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domingo, 20 de março de 2011

Oferta de energia cresce mais com a entrada de novas PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas)


Imagem do Portal PCH

A entrada de novas PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) vem predominando no aumento da matriz hidrelétrica brasileira do ano passado para cá, segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Em 2008, a capacidade total das usinas de menor porte que entraram em operação foi mais do que o triplo do que das novas usinas hidrelétricas. Foram 642,8 MW (megawatts) a mais por parte da PCHs, contra 180 MW apenas oriundos de usinas de maior porte.Reportagem de Cirilo Junior, da Folha Online, no Rio.

Este ano, o cenário se mantém, embora mais hidrelétricas tenham iniciado operação. De janeiro até o dia 15 de setembro, 329,7 MW de potência instalada em PCHs passaram a produzir. Ao mesmo tempo, mais 280,6 MW de capacidade oriunda de novas usinas hidrelétricas foram adicionados ao sistema interligado nacional.

Estão previstos ainda mais 444 MW pelas PCHs ainda este ano. Caso esse volume seja confirmado, serão 773 MW ao longo de 2009. Se for levado apenas em conta de 2008 para cá, seriam em média, 708 MW anuais. De 2000 a 2007, as PCHs foram responsáveis pelo acréscimo de 136,2 MW anuais na matriz brasileira.

Nos próximos anos, A Aneel contabiliza mais 3.293 MW por conta de novas PCHs. Desse total, 1.060 MW não apresentam qualquer restrição. Outros 1.248 MW apresentam algum tipo de restrição, e 985 MW tem graves empecilhos para iniciar operação.

Em relação às usinas hidrelétricas, a Aneel prevê 9.496 MW nos próximos anos, dos quais 7.014 MW sem qualquer tipo de restrição — a maior parte será oriunda das usinas do rio Madeira, que terão 6.400 MW de potência; outros 1.936 MW apresentam algum problema, e 546 MW tem sérios empecilhos.

A projeção é que o boom de PCHs aumente ainda mais nos próximos anos. Estudo do CERPCH (Centro Nacional de Referência em Pequenas Centrais Hidrelétricas) indica que o país tem potencial para explorar capacidade de 25 mil MW nas bacias hidrográficas, o equivalente a 25% da potência instalada nacional, pouco acima dos 100 mil MW, atualmente. Para isso, seriam necessários até R$ 125 bilhões em investimentos.

Responsável pelas áreas de regulação e de negócios do CERPCH, Jason Tibiriçá lembra que o interesse do mercado nas PCHs vem aumentando ano após ano. Ele ressalta, inclusive, que muitas empresas vêm buscando nos empreendimentos hidrelétricos de menor porte energia suficiente para suas produções, a custos mais baixos.

“As empresas podem ter a energia para consumo próprio, e se houver algum excedente, ela poderá vender no mercado livre”, afirma.

Capacidade

As PCHs têm capacidade instalada de até 30 MW. Este ano, o Congresso aprovou a MP 450, que autoriza a Aneel a conceder autorizações para empreendimentos de 30 MW a 50 MW, mediante algumas condições especiais.

Especialista da Geron Consultoria, Claudio Serra destaca que os impactos ambientais são, normalmente, menores e de solução mais simples do que nas grandes usinas. Além disso, comenta, a venda de energia pode ser feita diretamente a consumidores que possuam carga instalada igual ou superior a 500 kW (kilovolts) e façam opção por não serem cativos.

“Algumas PCHs têm que ter estudos ambientais mais detalhados, isso varia de Estado para Estado. Mas em geral, a viabilidade é mais simples, do ponto de vista ambiental, e o prazo de construção gira em torno de dois anos”, observou.
EcoDebate

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César Torres

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