As Nações Unidas, por meio de seu Programa de Meio Ambiente (Pnuma ou Unep em inglês), divulgou, em fevereiro de 2011, o relatório “Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza”. Buscando discutir uma forma de garantir o crescimento econômico com a conservação ambiental e a inclusão social, o Pnuma propôs a efetivação de investimentos de 2% do PIB mundial – ou US$ 1,3 trilhão por ano – em dez setores estratégicos: agricultura, construção, energia, pesca, silvicultura, transportes, turismo, água, indústria e resíduos.
Segundo o Pnuma, os investimentos em “economia verde” possibilitariam o crescimento da economia global a níveis superiores ao promovido pelo atual modelo econômico, mas evitaria os riscos e os danos inerentes à “economia marron”, baseada em altas emissões de carbono e outros gases de efeito estufa. Dos 2% do PIB mundial propostos no relatório (ou seja, o valor de US$ 1,3 trilhão), os montantes investidos na transição para uma economia verde, por setor, seriam:
- US$ 108 bilhões para a agricultura;- US$ 134 bilhões para o setor imobiliário, por meio da melhoria da eficiência energética;- US$ 360 bilhões de dólares para o abastecimento de energia;- US$ 110 bilhões para a pesca, incluindo a redução de capacidade das frotas mundiais;- US$ 15 bilhões para a silvicultura, o que ajudaria também no combate às mudanças climáticas;- US$ 75 bilhões para a indústria, incluindo a de produtos manufaturados;- US$ 135 bilhões para o setor de turismo.- US$ 190 bilhões para os transportes.- US$ 110 bilhões para a gestão de resíduos, incluindo a reciclagem.- US$ 100 bilhões para o setor da água, incluindo questões de saneamento.
- US$ 108 bilhões para a agricultura;- US$ 134 bilhões para o setor imobiliário, por meio da melhoria da eficiência energética;- US$ 360 bilhões de dólares para o abastecimento de energia;- US$ 110 bilhões para a pesca, incluindo a redução de capacidade das frotas mundiais;- US$ 15 bilhões para a silvicultura, o que ajudaria também no combate às mudanças climáticas;- US$ 75 bilhões para a indústria, incluindo a de produtos manufaturados;- US$ 135 bilhões para o setor de turismo.- US$ 190 bilhões para os transportes.- US$ 110 bilhões para a gestão de resíduos, incluindo a reciclagem.- US$ 100 bilhões para o setor da água, incluindo questões de saneamento.
Olhando estes números, a primeira questão que se coloca é: existe dinheiro para tanto?
Segundo dados divulgados, em 11 de abril de 2011, pelo Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), os gastos militares no mundo atingiu a impressionante cifra de US$ 1.630.000.000.000 (um trilhão e seiscentos e trinta bilhões de dólares), em 2010. Isto representou um aumento de 1,3% em termos reais em relação a 2009 e um aumento anual de 5,1% desde 2001. O maior aumento aconteceu nos Estados Unidos, seguido pela América Latina e o Oriente Médio. Na Europa houve redução de 2,8% nos gastos militares entre 2009 e 2010.
Portanto, existe dinheiro para que o mundo possa combater o aquecimento global, a redução da biodiversidade e a exclusão social. Utilizando 80% dos recursos anuais gastos em armas de destruição e de guerra, pode-se viabilizar a economia verde, que é o caminho para enfrentar os graves desafios ambientais contemporâneos. O mundo precisa reforçar o pacifismo e o ambientalismo. Existem recursos e conhecimentos técnicos suficientes. Falta vontade política para definir as prioridades.
Segundo dados divulgados, em 11 de abril de 2011, pelo Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), os gastos militares no mundo atingiu a impressionante cifra de US$ 1.630.000.000.000 (um trilhão e seiscentos e trinta bilhões de dólares), em 2010. Isto representou um aumento de 1,3% em termos reais em relação a 2009 e um aumento anual de 5,1% desde 2001. O maior aumento aconteceu nos Estados Unidos, seguido pela América Latina e o Oriente Médio. Na Europa houve redução de 2,8% nos gastos militares entre 2009 e 2010.
Portanto, existe dinheiro para que o mundo possa combater o aquecimento global, a redução da biodiversidade e a exclusão social. Utilizando 80% dos recursos anuais gastos em armas de destruição e de guerra, pode-se viabilizar a economia verde, que é o caminho para enfrentar os graves desafios ambientais contemporâneos. O mundo precisa reforçar o pacifismo e o ambientalismo. Existem recursos e conhecimentos técnicos suficientes. Falta vontade política para definir as prioridades.
Referências:UNEP. Towards a Green Economy: Pathways to Sustainable Development and Poverty Eradication: Background paper on SIPRI military expenditure data, 2010
José Eustáquio Diniz Alves, colunista do EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; expressa seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves{at}yahoo.com.br EcoDebate, 14/04/2011
José Eustáquio Diniz Alves, colunista do EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; expressa seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves{at}yahoo.com.br EcoDebate, 14/04/2011
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César Torres