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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Recorde de perda de ozônio no Ártico

A importância da camada de ozônio é amplamente divulgada na sociedade. Todos já conhecem seus benefícios – um deles nos proteger contra câncer de pele, já que bloqueia os raios ultravioleta – mas o gás continua sendo destruído, geralmente por reações com produtos químicos industriais lançados pelos humanos. A camada de ozônio é muitas vezes vista como um problema ambiental resolvido. O Protocolo de Montreal, criado pela ONU em 1987, e os acordos de seu sucessor, restringiram muitos produtos químicos que destroem o ozônio, como os clorofluorocarbonos (CFCs), que costumavam ser usados em larga escala em refrigerantes. O uso de alguns continua a um nível muito mais baixo. Mas mesmo que as concentrações destes produtos químicos na atmosfera estejam caindo, as que já estão lá podem durar décadas. Nas regiões polares, a concentração de substâncias que destroem o ozônio apenas diminuiu cerca de 10% em relação ao ano de pico antes do Protocolo de Montreal. O resultado disso é que a camada de ozônio atingiu um nível de estrago sem precedentes no Ártico, também devido ao frio na atmosfera superior. Até o final de março, 40% do ozônio na estratosfera haviam sido destruídos, contra um recorde anterior de 30%. A combinação dos gases que ainda estão lá, baixas temperaturas e raios de sol iniciou a perda de ozônio. As reações destrutivas são promovidas pelo frio (abaixo de menos 78° C) na estratosfera. Embora este seja um acontecimento anual na Antártida, onde a perda recebeu o apelido de “buraco na camada de ozônio”, a situação no Ártico é menos clara, pois o clima estratosférico é menos previsível. No inverno do Ártico, enquanto a região estava estranhamente quente ao nível do solo, as temperaturas de 15 a 20 km acima da superfície da Terra caíram e permaneceram baixas. As baixas temperaturas não eram tão diferentes de alguns outros anos, mas se estenderam muito mais em março e abril; na verdade ainda estão lá. Normalmente, em invernos frios, observa-se que cerca de 25% do ozônio desaparece. Este inverno bateu um recorde – 40% da camada desapareceram. Os invernos mais frios da Antártida vêem muitas vezes 55% do ozônio empobrecido. No entanto, isso não tem praticamente nenhum impacto na saúde humana, pois a região é praticamente desabitada. Apenas a ponta sul da América do Sul fica às vezes sob o buraco do ozônio. Projeções sugerem que a Antártida não vai se recuperar totalmente até 2045-60. No Ártico, a situação é diferente. Durante o mês passado, o esgotamento severo do ozônio foi notado sobre a Escandinávia, Groenlândia e partes do Canadá e da Rússia. As pessoas nos países escandinavos e na Groelândia precisam obter informações sobre as condições diárias antes de sair de casa, a fim de evitar qualquer dano à sua saúde. A perda de ozônio permite que os raios ultravioleta-B mais nocivos penetrem a atmosfera. Isso é associado ao aumento das taxas de câncer de pele, catarata e danos ao sistema imunológico. A camada de ozônio é um filtro solar fator 70 – sem ela, nós teríamos 70 vezes mais raios UV do que agora. Pesquisas sugerem que os invernos do Ártico estão ficando mais frios na estratosfera. Os cientistas não sabem ainda o que está conduzindo essa tendência de queda. É um grande desafio compreender como a temperatura irá conduzir a perda de ozônio durante as próximas décadas. [BBC]

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César Torres

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