Desde quando o Homem começou a conviver em grandes comunidades, ele alterou a natureza de forma a assegurar a própria sobrevivência e lhe proporcionar conforto. A agricultura, a pecuária e a construção de cidades etc. modificam diretamente a natureza. Assim transformando características geográficas como vegetação, permeabilidade do solo, absortividade e refletividade da superfície terrestre, além alterar as características do solo, ar atmosférico e das águas, tanto pluviais, fluviais como subterrâneas.
A alteração do espaço preexistente para a habitação humana, na criação de cidades e grandes metrópoles, causa variação climática de diversas formas. As grandes cidades e metrópoles possuem diferenças climáticas fundamentais das áreas de campo próximas. As temperaturas de verão e inverno são maiores, a umidade relativa é menor, a quantidade de poluentes no ar é muitas vezes maior, a quantidade de nuvens e nevoeiro e as precipitações são maiores que em áreas de campo próximas, já a velocidade dos ventos e radiação diminuem. Sendo assim pode-se concluir que as modificações no ambiente para a instalação de cidades densamente povoadas causam alterações no clima e na qualidade ambiental percebida.
Problemas como chuvas intensas e torrenciais, inundações, queda de morros, ventania em determinados locais, assim como instabilidade climática são causas do efeito criado pela alta densidade populacional e das transformações ambientais.
A poluição é muito freqüente em grandes cidades poluição do ar por produtos da combustão de combustíveis fósseis, contaminação das águas, por resíduos químicos, esgoto industrial e doméstico etc., poluição do solo causado por lixo urbano e industrial, resíduos despejados etc. , poluição sonora de pessoas e máquinas, poluição visual causada por propagandas, prédios etc. poluição térmica causadas pela pavimentação das vias públicas, prédios, equipamentos, pessoas etc.
Devido os problemas supracitados hoje as pessoas que habitam em grandes centros, adoecem muito mais que as que vivem na zona rural, tais doenças originadas não apenas pela vida estressante das grandes cidades, mas também pela péssima qualidade do ar, da água e da grande população de ratos e baratas que também fazem parte da presença desordenada do Homem.
Assim observa-se que a degradação ambiental urbana altera não apenas as condições climáticas locais, mas também agride o meio ambiente, poluindo-o de diversas formas e ao ser humano que nele habita resta conviver com um ambiente bastante inóspito e que muitas vezes pode levá-lo a doenças sérias e até a morte.
A arquitetura e o urbanismo devem considerar sempre fatores climáticos e ambientais para o projeto de residências, prédios ou cidades de forma a proporcionar não apenas conforto do espaço onde se convive e sim de todas as formas, térmico, lumínico, acústico da qualidade perceptível do ar, da água, do solo etc.
A arquitetura urbana não deve tornar a convivência em comunidades problema sérios aos seus habitantes.
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César Torres