O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, defendeu, ontem (17/5), à noite, que as discussões sobre a sustentabilidade na pecuária.
O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, defendeu, ontem (17/5), à noite, que as discussões sobre a sustentabilidade na pecuária, que conciliem produção e preservação ambiental, sejam feitas sempre com embasamento técnico-científico. “Esta é uma das premissas da CNA. Aceitamos discutir qualquer assunto, mas sempre com base na ciência e para isso temos buscado parcerias com diversas entidades de pesquisa”, enfatizou. Nogueira participou da abertura da Primeira Reunião Global sobre Pecuária Sustentável, que acontece até a próxima sexta-feira (20/5), na sede da CNA, em Brasília. O evento é promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e Banco Mundial, com o objetivo de discutir uma agenda sustentável para a pecuária.
Nogueira destacou que o produtor rural tem feito sua parte para contribuir com a mitigação dos impactos das mudanças climáticas na atividade. Segundo ele, isso foi feito a partir da adoção de boas práticas na pecuária por meio de ações como a integração lavoura-pecuária-floresta, o manejo de pastagens, recuperação de pastagens degradadas, além do uso de tecnologias que gerem aumento de produtividade sem ampliar áreas para pastagens, proporcionando maior eficiência na produção. “Muitos trabalhos científicos comprovam que a pecuária tem causado menos impacto ambiental do que os ambientalistas afirmam”, ressaltou. “O lado ambiental é uma das nossas preocupações, diante do fantástico desenvolvimento do setor produtivo nos últimos anos. Mas estamos aptos a essas exigências, com o uso de novas tecnologias, que vão agregar valor e gerar mais renda para o pecuarista para que nossa posição seja respeitada lá fora”, afirmou.
Para o diretor de Produção e Saúde Animal da FAO, Samuel Jutzi, a pecuária deve se basear em três pilares. Além da sustentabilidade, devem ser levados em conta o desenvolvimento econômico e a saúde pública. Com o aumento do consumo de carne no mundo, reflexo da melhoria de renda da população, principalmente da parcela mais pobre, o setor produtivo deve estar preparado para garantir segurança alimentar. “O amplo crescimento da pecuária requer mais investimentos em pesquisas e outras ações que devem ser acompanhadas de perto”, destacou. Já o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Erick Chandoha, que representou o ministro Wagner Rossi, destacou o aumento de 151% da produtividade da pecuária em 40 anos, e uma economia de área de mais de 70 milhões de hectares, se for levado em conta que a quantidade de animais por hectare, no mesmo período, passou de menos de 0,5 cabeça/hectare para 1,2 cabeça/hectare.
Também participaram da solenidade de abertura da reunião a diretora do Ministério de Assuntos Econômicos, Inovação e Agricultura da Holanda, Alida Oppers, o diretor executivo de Transferência de Tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Waldyr Stumpf, o representante do Banco Mundial, Jimmy Smith, e o representante da FAO no Brasil, Hélder Mutéia.
Aumento da população e melhoria de renda exigirão maior demanda por alimentos
Duas palestras antecederam a abertura do evento na CNA. A primeira exposição foi feita pelo chefe da Análise do Setor Pecuário e Ramificação Política da FAO, Henning Steinfield. Segundo ele, até 2050, a população mundial deve chegar a 9,3 bilhões de habitantes. Este crescimento virá acompanhado de maior ascensão social e econômica, o que ampliará a demanda por alimentos em 70%, principalmente por proteína animal. Um dos desafios para responder a esta demanda, acrescentou Steinfield, é aumentar a eficiência tecnológica na produção para evitar impactos ambientais. “Serão necessários incentivos para o sucesso ambiental e para novas práticas pelo produtor”, afirmou.
O outro palestrante foi o economista Mauro Lopes, do Centro de Economia Agrícola da Fundação Getúlio Vargas (CEA/FGV), que destacou a expansão do setor agropecuário de 3,5% ao ano na última década, devido ao aumento de competitividade. Dados apresentados por ele na exposição apontam também um aumento de 116% na renda da população brasileira desde o início do Plano Real, com destaque para a classe C, representada por 96 milhões de pessoas e que hoje detém 46% do poder de compra dos brasileiros. “Esta parcela da população está comprando cada vez mais carne e exige cada vez mais um produto de maior qualidade”, disse o economista. Desta forma, ressaltou, a pesquisa será fundamental para que a pecuária assegure a qualidade que tanto o mercado interno quanto os países compradores dos produtores brasileiros de origem animal passarão a querer nos próximos anos. “A bola agora está no campo da ciência”, concluiu
Nogueira destacou que o produtor rural tem feito sua parte para contribuir com a mitigação dos impactos das mudanças climáticas na atividade. Segundo ele, isso foi feito a partir da adoção de boas práticas na pecuária por meio de ações como a integração lavoura-pecuária-floresta, o manejo de pastagens, recuperação de pastagens degradadas, além do uso de tecnologias que gerem aumento de produtividade sem ampliar áreas para pastagens, proporcionando maior eficiência na produção. “Muitos trabalhos científicos comprovam que a pecuária tem causado menos impacto ambiental do que os ambientalistas afirmam”, ressaltou. “O lado ambiental é uma das nossas preocupações, diante do fantástico desenvolvimento do setor produtivo nos últimos anos. Mas estamos aptos a essas exigências, com o uso de novas tecnologias, que vão agregar valor e gerar mais renda para o pecuarista para que nossa posição seja respeitada lá fora”, afirmou.
Para o diretor de Produção e Saúde Animal da FAO, Samuel Jutzi, a pecuária deve se basear em três pilares. Além da sustentabilidade, devem ser levados em conta o desenvolvimento econômico e a saúde pública. Com o aumento do consumo de carne no mundo, reflexo da melhoria de renda da população, principalmente da parcela mais pobre, o setor produtivo deve estar preparado para garantir segurança alimentar. “O amplo crescimento da pecuária requer mais investimentos em pesquisas e outras ações que devem ser acompanhadas de perto”, destacou. Já o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Erick Chandoha, que representou o ministro Wagner Rossi, destacou o aumento de 151% da produtividade da pecuária em 40 anos, e uma economia de área de mais de 70 milhões de hectares, se for levado em conta que a quantidade de animais por hectare, no mesmo período, passou de menos de 0,5 cabeça/hectare para 1,2 cabeça/hectare.
Também participaram da solenidade de abertura da reunião a diretora do Ministério de Assuntos Econômicos, Inovação e Agricultura da Holanda, Alida Oppers, o diretor executivo de Transferência de Tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Waldyr Stumpf, o representante do Banco Mundial, Jimmy Smith, e o representante da FAO no Brasil, Hélder Mutéia.
Aumento da população e melhoria de renda exigirão maior demanda por alimentos
Duas palestras antecederam a abertura do evento na CNA. A primeira exposição foi feita pelo chefe da Análise do Setor Pecuário e Ramificação Política da FAO, Henning Steinfield. Segundo ele, até 2050, a população mundial deve chegar a 9,3 bilhões de habitantes. Este crescimento virá acompanhado de maior ascensão social e econômica, o que ampliará a demanda por alimentos em 70%, principalmente por proteína animal. Um dos desafios para responder a esta demanda, acrescentou Steinfield, é aumentar a eficiência tecnológica na produção para evitar impactos ambientais. “Serão necessários incentivos para o sucesso ambiental e para novas práticas pelo produtor”, afirmou.
O outro palestrante foi o economista Mauro Lopes, do Centro de Economia Agrícola da Fundação Getúlio Vargas (CEA/FGV), que destacou a expansão do setor agropecuário de 3,5% ao ano na última década, devido ao aumento de competitividade. Dados apresentados por ele na exposição apontam também um aumento de 116% na renda da população brasileira desde o início do Plano Real, com destaque para a classe C, representada por 96 milhões de pessoas e que hoje detém 46% do poder de compra dos brasileiros. “Esta parcela da população está comprando cada vez mais carne e exige cada vez mais um produto de maior qualidade”, disse o economista. Desta forma, ressaltou, a pesquisa será fundamental para que a pecuária assegure a qualidade que tanto o mercado interno quanto os países compradores dos produtores brasileiros de origem animal passarão a querer nos próximos anos. “A bola agora está no campo da ciência”, concluiu
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelos comentários.
César Torres