Preocupados com o próprio bolso, Aldo, Cassol, Irajá, Quartieiro, Queiroz e Campos representam tudo o que um parlamentar jamais deveria fazer: legislar em causa própria.
A regra deveria ser: deputados e senadores eleitos pelo povo devem zelar pelo bem comum, certo? Nem sempre. Caso emblemático é a insistência de alguns políticos em aprovar a toque de caixa o projeto de lei que institui o novo Código Florestal. Pra que tanta pressa? Segundo reportagem da Istoé, a explicação é simples: legislar em causa própria e proteger o próprio bolso. Os interesses de pelo menos 27 deputados e senadores não passam nem perto do bem da nação.
A revista revela que, caso o projeto de lei do Código Florestal seja aprovado, os ilustríssimos políticos listados se livrarão de multas pesadas e se beneficiarão por desmatarem ilegalmente. De acordo com a reportagem eles já foram punidos pelo Ibama por agressão ao meio ambiente e o novo código que queriam aprovar a toque de caixa prevê anistia para multas impostas a desmatadores. O benefício se estenderia também a empresas e empresários do agronegócio que, nas eleições do ano passado, fizeram pesadas doações a esse bloco parlamentar ligado à produção rural.
O deputado Paulo César Quartiero (DEM-RR) é um exemplo típico. Campeão de infrações, ele foi multado em R$ 56 milhões por eliminar 2,7 mil hectares de vegetação sem autorização em Pacaraima (RR), destruir outros 323 hectares de vegetação nativa e impedir a regeneração em mais 3,5 mil hectares. Foram duas infrações em 2005 e mais duas em 2009.
O Ibama também pegou o deputado Irajá Abreu (DEM-TO), filho da senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que foi multado no ano passado por desmatar uma propriedade em Tocantins.
O senador e fazendeiro Jayme Campos (DEM-MT) é outro que se inclui na turma da motosserra. Foi multado em R$ 5 milhões por quatro infrações impostas em 2004 e 2005.
O interesse do bloco ruralista vai além. Eles também defendem seus financiadores de campanha. Empresas ligadas ao agronegócio doaram pelo menos R$ 45,5 milhões para deputados e senadores nas eleições do ano passado segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral.
Reportagem parecida foi produzida pelo Correio Braziliense no dia 19 de abril. O texto afirma que os ruralistas têm mesmo motivos para impor as mudanças que põem abaixo o Código Florestal. Pelo menos 15 deputados federais e três senadores da bancada da motosserra seriam beneficiados com a alteração da lei. Multados pelo Ibama por crimes ambientais, eles teriam essa mancha apagada de suas fichas caso a proposta seja aprovada.
Devemos considerar que a Educação Ambiental para uma sustentabilidade efetiva, necessita de um processo contínuo de aprendizagem, baseado no respeito de todas as formas de vida, afirmando valores e muitas ações que contribuam para a formação social do homem e a preservação do meio ambiente. Cat
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César Torres