Um pouco de história
Depois do ciclo da borracha, por volta da segunda metade do século XX, passou-se a explorar a área de franja (borda) na Amazônia. Era a fronteira agrícola que começava a aparecer, depois da construção de Brasília e com a construção da estrada Belém-Brasília na década de 60.
Quando as estradas chegaram à Amazônia, trouxeram a ameaça da exposição, da entrada e saída descontroladas de fauna, flora e de produtos ilícitos. O professor explica que há soluções para isso, como as estradas restritas que cortam os parques nacionais e contam com fiscalização.
Novas ideias
Há muitas alternativas para as práticas de desmatamento e exploração na Amazônia. Áreas protegidas, parques nacionais e corredores ecológicos são apenas algumas delas. Quando Chico Mendes iniciou, juntamente com outros seringueiros, a luta contra o desmatamento, ele mostrou que há outras formas de usufruir do que a Amazônia oferece. Hoje existem reservas extrativistas de exploração sustentável de borracha, além de outros produtos. No arco sul do Pará, há exemplos de extração sustentável de madeira.
A Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, no estado do Amazonas, tem como objetivo o uso sustentável dos recursos naturais, aliado à permanência e participação da população local e à formação e manutenção de uma forte base científica na área.
José Pedro ressalta que a sustentabilidade não é inviável. “Nos últimos 5, 6 anos, o desmatamento na Amazônia diminuiu”, afirma. Para ele, é necessário argumentar contra quem acredita que áreas protegidas são improdutivas. “Área preservada é uma área que está produzindo água, biodiversidade e é uma reserva para o futuro”, diz.
Maria Carolina Gonçalves é estudante de Jornalismo na ECA (Escola de Comunicações e Artes) da USP e faz o curso “Descobrir a Amazônia: descobrir-se repórter” da Oboré Projetos de Comunicações e Artes.
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César Torres