Os canadenses costumam brincar, dizendo que se você entrar em qualquer bar de Vancouver (em inglês), certamente encontrará um fundador do Greenpeace. Porém, embora muitos membros tenham contribuído para o crescimento do Greenpeace, a organização teve sete principais fundadores.
O grupo original começou seus protestos em 1971 quando os Estados Unidos anunciaram um plano para detonar uma bomba nuclear de teste na ilha de Amchitka, na costa do Alasca. Os canadenses se opuseram à idéia não somente porque a bomba de cinco megatoneladas contaminaria a ilha e mataria as lontras, águias e falcões que ali viviam, mas também porque a explosão poderia provocar um maremoto. O grupo de Vancouver, chamado Don´t Make a Wave Committee (Comitê Não Faça Onda), em referência à ameaça eminente de maremoto, logo ganhou o apoio do Sierra Club.
O grupo original começou seus protestos em 1971 quando os Estados Unidos anunciaram um plano para detonar uma bomba nuclear de teste na ilha de Amchitka, na costa do Alasca. Os canadenses se opuseram à idéia não somente porque a bomba de cinco megatoneladas contaminaria a ilha e mataria as lontras, águias e falcões que ali viviam, mas também porque a explosão poderia provocar um maremoto. O grupo de Vancouver, chamado Don´t Make a Wave Committee (Comitê Não Faça Onda), em referência à ameaça eminente de maremoto, logo ganhou o apoio do Sierra Club.
O objetivo do Comitê era alugar um barco, levá-lo até a zona proibida das áreas de teste e impedir que os Estados Unidos detonassem a bomba. A tentativa foi um fracasso e, enquanto o Comitê se despedaçava, um membro sugeriu que eles "fizessem a paz verde" [Weyler]. O nome pegou e, embora a missão à ilha de Amchitka não tenha conseguido impedir que a bomba fosse detonada, o Greenpeace virou notícia, chamando a atenção da população para os testes nucleares e seus perigos.
O Greenpeace ganhou reconhecimento internacional um ano mais tarde quando a organização enfrentou as forças armadas francesas na área de testes nucleares no Atol de Mururoa, no Pacífico. Depois que a tripulação do Vega, navio do Greenpeace, recusou-se a sair da zona proibida da área de teste, um draga-minas francês invadiu a embarcação e prendeu o grupo.
Ross White/AFP/Getty Images O Rainbow Warrior depois do ataque feito pelo serviço secreto francês em 1985 |
O incidente desencadeou uma onda de violência contra o Greenpeace pelo governo francês, que culminou no bombardeio do navio Rainbow Warrior em 1985. Quando o navio atracou em Auckland, na Nova Zelândia, para se preparar para uma viagem à Mururoa, agentes do serviço secreto francês colocaram duas bombas a bordo e explodiram o navio. O bombardeio resultou na morte do fotógrafo Fernando Pereira, que se afogou após a segunda explosão. Inicialmente, o governo francês negou a autoria do ataque, mas acabou assumindo a culpa. O ministro da defesa francês renunciou depois que a Nova Zelândia decidiu investigar o caso.
Apesar da violência de seus oponentes, o Greenpeace não desistiu. Em 1989, a organização comprou uma nova embarcação e voltou à Mururoa e, em 1996, os franceses finalmente pararam com seus testes nucleares em Mururoa.
À medida que o pequeno "Don´t Make a Wave Committee" foi se transformando no bem sucedido Greenpeace, suas delegações começaram a discutir outros projetos e métodos. A organização expandiu seus horizontes para incluir interesses ambientais além da paz e do desarmamento nuclear.
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César Torres