Nunca devemos esperar muito das reuniões políticas internacionais. Os chefes de Estado normalmente não vão, e quando vão, os resultados das reuniões, em sua maioria, são pífios. Há dois anos, o Greenpeace já dizia “Politicians Talk and Leaders Act”.
Felizmente esse final de semana trouxe boas notícias para nossos oceanos, vindas diretamente de Nova York. Na reunião chamada Biodiversity Beyond areas of National Jurisdiction (BBNJ), foi fechado um acordo entre países para proteger os oceanos em alto-mar e toda a sua biodiversidade.
BBNJ é a sigla utilizada para descrever um grupo de trabalho que discute e estuda assuntos relacionados à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade marinha, em áreas além das jurisdições nacionais dos países. Complicado? Podemos explicar. Imagine que todos os animais marinhos que hoje se encontram dentro das 200 milhas náuticas marinhas sejam regulados e fiscalizados pelo governo brasileiro. Mas, para os animais marinhos, como baleias, peixes e outros, não existe barreira geográfica, então, eles migram, nadam e se deslocam para além da área que “pertence” ao governo brasileiro. Por muitos anos foi discutido quem deveria legislar, regular e fiscalizar nessas áreas que não pertencem a nenhum país, mas pertencem a humanidade.
O Greenpeace vem trabalhando nessa articulação política para conseguir um aumento de governança e para identificar, de fato, um responsável em criar 40% de reservas marinhas em alto-mar, afinal toda essa rica biodiversidade pertence à humanidade, tem um papel fundamental no equilíbrio do planeta e precisa de proteção.
As áreas oceânicas cobrem cerca de 64% do nosso planeta e incluem as mais variadas belezas marinhas como as montanhas submarinas, os corais e outros seres de profundidade, esponjas e outros. Infelizmente essas formas marinhas estranhas e belas estão sendo fortemente ameaçadas pela pesca ilegal de profundidade, e peixes como o atum azul (link) estão simplesmente desaparecendo dos nossos oceanos.
Se queremos oceanos limpos e saudáveis amanhã, precisamos criar reservas marinhas hoje. É inacreditável que ainda não exista nenhum mecanismo para criar e fazer o manejo das reservas marinhas em alto-mar, não exista nenhuma autoridade para garantir que atividades humanas não causarão impactos irreversíveis e que não exista nenhum controle ou monitoramento nessas áreas.
Há muitos anos o Greenpeace vem pressionando governos (link) para criar esses processos dentro das Nações Unidas. Foram muitas reuniões políticas e muitas atividades de rua em diversos países exigindo a criação de 40% de reservas marinhas.
Dessa vez, os países do G77 (mais China) e União Européia e o forte desejo de alguns países de mudarem essa discussão criaram o momento necessário para convencer os Estados Unidos, Canadá e Noruega para acabar com a resistência e o impasse, e aceitar que as Nações Unidas precisam se apropriar e proteger nossos oceanos.
Esse é apenas o primeiro passo, mas cada vitória ambiental merece uma atenção. Significa que as peças estão se movendo na direção certa. Temos muito a fazer para assegurar que os países mantenham fortemente suas posições e venham para o Brasil participar da Rio+20 seguros de suas obrigações com o desenvolvimento verde.
É claro que nós estaremos lá.
Felizmente esse final de semana trouxe boas notícias para nossos oceanos, vindas diretamente de Nova York. Na reunião chamada Biodiversity Beyond areas of National Jurisdiction (BBNJ), foi fechado um acordo entre países para proteger os oceanos em alto-mar e toda a sua biodiversidade.
BBNJ é a sigla utilizada para descrever um grupo de trabalho que discute e estuda assuntos relacionados à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade marinha, em áreas além das jurisdições nacionais dos países. Complicado? Podemos explicar. Imagine que todos os animais marinhos que hoje se encontram dentro das 200 milhas náuticas marinhas sejam regulados e fiscalizados pelo governo brasileiro. Mas, para os animais marinhos, como baleias, peixes e outros, não existe barreira geográfica, então, eles migram, nadam e se deslocam para além da área que “pertence” ao governo brasileiro. Por muitos anos foi discutido quem deveria legislar, regular e fiscalizar nessas áreas que não pertencem a nenhum país, mas pertencem a humanidade.
O Greenpeace vem trabalhando nessa articulação política para conseguir um aumento de governança e para identificar, de fato, um responsável em criar 40% de reservas marinhas em alto-mar, afinal toda essa rica biodiversidade pertence à humanidade, tem um papel fundamental no equilíbrio do planeta e precisa de proteção.
As áreas oceânicas cobrem cerca de 64% do nosso planeta e incluem as mais variadas belezas marinhas como as montanhas submarinas, os corais e outros seres de profundidade, esponjas e outros. Infelizmente essas formas marinhas estranhas e belas estão sendo fortemente ameaçadas pela pesca ilegal de profundidade, e peixes como o atum azul (link) estão simplesmente desaparecendo dos nossos oceanos.
Se queremos oceanos limpos e saudáveis amanhã, precisamos criar reservas marinhas hoje. É inacreditável que ainda não exista nenhum mecanismo para criar e fazer o manejo das reservas marinhas em alto-mar, não exista nenhuma autoridade para garantir que atividades humanas não causarão impactos irreversíveis e que não exista nenhum controle ou monitoramento nessas áreas.
Há muitos anos o Greenpeace vem pressionando governos (link) para criar esses processos dentro das Nações Unidas. Foram muitas reuniões políticas e muitas atividades de rua em diversos países exigindo a criação de 40% de reservas marinhas.
Dessa vez, os países do G77 (mais China) e União Européia e o forte desejo de alguns países de mudarem essa discussão criaram o momento necessário para convencer os Estados Unidos, Canadá e Noruega para acabar com a resistência e o impasse, e aceitar que as Nações Unidas precisam se apropriar e proteger nossos oceanos.
Esse é apenas o primeiro passo, mas cada vitória ambiental merece uma atenção. Significa que as peças estão se movendo na direção certa. Temos muito a fazer para assegurar que os países mantenham fortemente suas posições e venham para o Brasil participar da Rio+20 seguros de suas obrigações com o desenvolvimento verde.
É claro que nós estaremos lá.
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César Torres