O prato típico do brasileiro, o arroz com feijão, é muito recomendado pelos nutricionistas por ser rico em carboidratos, sais minerais, vitaminas e fibras. Mas essa tradição pode estar com os dias contados por causa das mudanças climáticas.
"Isso devido a vários fatores, principalmente pelos climáticos. Nos últimos anos, houve uma queda na quantidade de chuvas e, além disso, uma má distribuição de chuvas. Todo ano nós estamos diminuindo a área de plantio de feijão", acrescenta.
O município baiano é reconhecido pelo grande potencial agrícola e agropecuário, tendo recebido o título de Cidade do feijão pelas grandes safras colhidas nas décadas de 1980 e 1990. Mas a lembrança dos tempos áureos como primeiro produtor de feijão do Nordeste e o segundo do país ficou para trás. Hoje, só restam dívidas.
"Nós temos mais de 6 mil agricultores, hoje, com débito na dívida ativa [da União] e mais 6 mil com débito direto no Banco do Brasil. Tudo que se planta hoje é com recursos próprios", desabafa.
A engenheira agrônoma da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) Dione Nery Benevenutti diz que as mudanças climáticas alteraram em muito a produção do arroz em Garuva (SC). "Com certeza, essas mudanças climáticas estão acarretando muito o prejuízo na cultura do arroz e, em 2010, tivemos temperatura de 40ºC. Isso acarretou uma queda de mais ou menos 20% na produtividade da cultura do arroz irrigado", afirma Dione.
O secretário nacional de Mudança Climática do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Eduardo Assad, diz que o governo está promovendo ações para a implementação de uma política de redução de gases de efeito estufa. "Estamos lançando o Plano Setorial da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono. Isso implica melhorar as pastagens brasileiras, integrar a lavoura à pecuária, reduzir as emissões e capturar mais carbono, incentivar o plantio direto para as culturas de grãos e o feijão será um dos principais beneficiados. Com isso, mantendo mais água no solo", explica. De acordo com Assad, a estimativa é que, até dezembro, estejam concluídos outros sete planos setoriais previstos no decreto de regulamentação da Política do Clima.
A organização não governamental britânica Oxfam estima que os preços de alimentos básicos, como arroz e feijão, devem mais do que dobrar em 20 anos, a não ser que os líderes mundiais promovam reformas. Até 2030, o custo médio de colheitas consideradas importantes para a alimentação da população mundial vai aumentar entre 120% e 180%. Metade do aumento desses custos, de acordo com a ONG, deverá ser creditada às mudanças climáticas.
Irecê, na Bahia, já recebeu o título de "Cidade do feijão", mas alterações do clima derrubaram a produçãoO município baiano é reconhecido pelo grande potencial agrícola e agropecuário, tendo recebido o título de Cidade do feijão pelas grandes safras colhidas nas décadas de 1980 e 1990. Mas a lembrança dos tempos áureos como primeiro produtor de feijão do Nordeste e o segundo do país ficou para trás. Hoje, só restam dívidas.
"Nós temos mais de 6 mil agricultores, hoje, com débito na dívida ativa [da União] e mais 6 mil com débito direto no Banco do Brasil. Tudo que se planta hoje é com recursos próprios", desabafa.
A engenheira agrônoma da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) Dione Nery Benevenutti diz que as mudanças climáticas alteraram em muito a produção do arroz em Garuva (SC). "Com certeza, essas mudanças climáticas estão acarretando muito o prejuízo na cultura do arroz e, em 2010, tivemos temperatura de 40ºC. Isso acarretou uma queda de mais ou menos 20% na produtividade da cultura do arroz irrigado", afirma Dione.
O secretário nacional de Mudança Climática do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Eduardo Assad, diz que o governo está promovendo ações para a implementação de uma política de redução de gases de efeito estufa. "Estamos lançando o Plano Setorial da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono. Isso implica melhorar as pastagens brasileiras, integrar a lavoura à pecuária, reduzir as emissões e capturar mais carbono, incentivar o plantio direto para as culturas de grãos e o feijão será um dos principais beneficiados. Com isso, mantendo mais água no solo", explica. De acordo com Assad, a estimativa é que, até dezembro, estejam concluídos outros sete planos setoriais previstos no decreto de regulamentação da Política do Clima.
A organização não governamental britânica Oxfam estima que os preços de alimentos básicos, como arroz e feijão, devem mais do que dobrar em 20 anos, a não ser que os líderes mundiais promovam reformas. Até 2030, o custo médio de colheitas consideradas importantes para a alimentação da população mundial vai aumentar entre 120% e 180%. Metade do aumento desses custos, de acordo com a ONG, deverá ser creditada às mudanças climáticas.
Dados apresentados pelo presidente da Cooperativa Agropecuária Mista Regional de Irecê, na Bahia, Walterney Dourado Rodrigues, podem dar uma idéia do porquê. Ele explica que o município já produziu, no passado, 3 milhões de sacas de feijão e, hoje, os agricultores colhem abaixo de 10% desse valor.
CNA - Notícias do Dia
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César Torres