O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse ontem (2), à Agência Brasil, que o governo brasileiro respeita a posição da Anistia Internacional sobre a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Xingu, no Pará, mas tem “orgulho” do projeto e não pretende voltar atrás na decisão de levar a obra adiante. Carvalho fez a abertura da reunião do governo com as centrais sindicais sobre o fator previdenciário.
A Anistia Internacional pediu hoje que o governo brasileiro suspenda o projeto até que os direitos das populações indígenas estejam plenamente garantidos. A organização diz que “dar continuidade do projeto de Belo Monte” equivale a “sacrificar os direitos humanos pelo desenvolvimento”.
Em 01/6, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu a licença de instalação para o empreendimento que autoriza o início das obras.
“A gente respeita a posição da Anistia, mas o governo brasileiro tem convicção firmada da idoneidade do processo, da adequação do projeto. Temos orgulho desse projeto. Vamos fornecer as informações que forem necessárias, mas a obra, definitivamente, vai acontecer”, afirmou Carvalho.
Belo Monte é o maior empreendimento energético do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e terá potência instalada de 11,2 mil megawatts. O lago da hidrelétrica deverá inundar uma área de 516 quilômetros quadrados. O projeto é alvo de contestações de ambientalistas, do Ministério Público Federal e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Reportagem de Luana Lourenço, da Agência Brasil
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César Torres